domingo, 5 de setembro de 2010

Aborto


Frida Kahlo
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O coração acordou pesado feito as nuvens escuras no céu.

Foi abortando, pouco a pouco, as belas promessas de um horizonte radioso.
Um dia, foi difícil diluir em gotas de saudade, a negação do amor não vivido.
Depois, o desejo não concluído.
Agora, o que mais havia de mais precioso e que havia os unido.

Sim, a tristeza ia passar. Desabar em gotas de chuva lágrima escorrendo pelas ruas da incompreensão.
Mas a mágoa, a velha caquética rangendo de dor, demoraria a morrer em paz.
E a inconformação de uma velha ferida que nunca deixava de sangrar, talvez um dia encontraria resposta.

As palavras ficaram assim, jogadas ao relento... como os sonhos, a fé, o feto abortado do melhor que poderiam ser.

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