
Marc Chagall♥•.¸¸.•♥.•♥´¨`♥•.¸¸.•♥´¨`♥•.¸¸.•♥´¨`♥•..•♥´¨
Abro as janelas e deixo entrar o sol.
Contra a poeira, mofo, meleira do velho, do passado, do azedo dos costumes arraigados!
Ele desintegra a inércia, o bolor.
Será que inventaram algo melhor que o astro reluzente dourado?
Nenhuma química se equipara com os raios de luz a queimar os brios inebriantes de outrora!
Primeiro passo de muitos passos, da caminhada, jornada de mim mesma, de algo a mais, de tudo sempre, de nada sempre, de quero mais, de corte, de vinda, de gema, de clara, de proteína e de muito carboidrato!
Abro a porta e te convido a entrar. Se puder arrombar e invadir sem pedir licença melhor ainda. Adoro as invasões bárbaras, aquelas que me fazem refém de meus anseios palpitantes enervantes sentimentais e meio boçais, mas altamente necessários pra sentir a intensidade do verbo viver.
Mas se quiser entrar educadamente, devagarzinho, fico grata. Movimentos bruscos assustam e soam demais instantâneos.
Passos lentos, onde o olho inflama o outro olhar, penetrando lentamente, são muito bem vindos.
Venha assim, assado, assando, queimando, cozinhando em banho maria, em fogo baixo, esquentando, cozinhando pelas beiradas até consumir-me absolutamente.
Consumir-me, consuma-me, consumirei e me consumará até o fogo virar labareda e a labareda virar cinzas.
Das cinzas o pó.
E quando esse temido dia chegar, abrirei a janela, o sol penetrará e o convidarei a me trazer novos rumos, horizontes escondidos pelo senhor chamado destino.
Ciclo. Inevitavelmente faço parte desse universo.
Do pó nasci e ao pó retornarei.
Assopra!
Assopro!
Lembre-se: Vaka!
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