Monet |
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É tempestade, eu sei.
Sinto os pingos grossos no meu rosto. Vejo o horizonte coberto de nuvens pesadas, despejando sua fúria nos nossos ombros. Ouço o som dos trovões vociferando contra o céu e os raios rasgando os sonhos, vento soprando forte, rodopiando nosso coração.
É tempestade, eu sei.
Porque dá medo, vontade de se esconder em algum lugar, de procurar abrigo, de recostar no seu peito e ali ficar até tudo passar. Encontrar o melhor refúgio, no lugar mais seguro, nem que seja na própria razão e silêncio.
É tempestade, eu sei.
Pelo número de portas e janelas fechadas das inúmeras casas, por tanta água que escorre pelas ruas, alguns porta retratos e objetos de valor sentimental sendo levados pela enxurrada. Pelas crianças que abandonaram suas pipas em alguma esquina e correram descalças buscando suas mãe.
É tempestade, eu sei.
Mas então por quê então, eu vejo esse raio de sol batendo na minha janela? E esse pássaro azul cantando para eu acordar?
E este sorriso que se abre de um lado enquanto a lágrima escorre do outro?
E esta ausência que se transforma em presença?
É tempestade, eu sei.
E me dá licença... porque vou misturar as minhas lágrimas com a chuva lá fora. Vou brincar com as poças, admirar as árvores, que apesar do vento forte, permanecem firmes e graciosas.
É tempestade, eu sei.
E o seu verdadeiro valor só sabe, quem já foi capaz de olhar o céu azul e límpido e agradecer às nuvens que um dia abriram caminho para o sol voltar a brilhar...
Majestosamente.
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