É preciso saber deixar ir... e vir.
♥•.¸¸.•♥´¨`♥ Miró •.¸¸.•♥´¨`♥•
Assim como o movimento das marés, a onda que vai, a onda que vem, embala desencontros e reencontros.
De onde vem o ápice do desejo? Como se manifesta o epicentro do medo?
Talvez, jamais compreenda.
No entanto, se pareço vaga sob os meus meio sorrisos e olhares, te respondo que, na verdade, meu coração é quem vagueia por entre os pequenos espaços e as infinitas possibilidades. E desta estrada, já não quero nada. Só meia dúzia de passos, antes de chegar naquela grande pedra, mais adiante.
E mesmo que o descaso ou a falta de acaso, norteiem a direção, que o gosto permaneça. Cresça. Que ele reverbere, estique e vá ao céu: da boca, do desejo e do olhar.
E se caso, cedo ou tarde me cansar, que eu não desista.
Que a poesia resista.
Que o sonho me embriague.
Que a razão cochile e acorde sonolenta.
Porque estou voltando.
Porque ainda é cedo.
Porque amanheceu.
Porque nunca é tarde demais para ser feliz, hoje. Só hoje.
O amanhã?
Ele sequer existe, porquê então, persiste?