domingo, 26 de agosto de 2012

O ápice e a pedra


 É preciso saber deixar ir... e vir.

♥•.¸¸.•♥´¨`♥  Miró  •.¸¸.•♥´¨`♥•

Assim como o movimento das marés, a onda que vai, a onda que vem, embala desencontros e reencontros. 

De onde vem o ápice do desejo? Como se manifesta o epicentro do medo?

Talvez, jamais compreenda. 

No entanto, se  pareço vaga sob os meus meio sorrisos e olhares, te respondo que, na verdade, meu coração é quem vagueia por entre os pequenos espaços e as infinitas possibilidades. E desta estrada, já não quero nada. Só meia dúzia de passos, antes de chegar naquela grande pedra, mais adiante. 
E mesmo que o descaso ou a falta de acaso, norteiem a direção, que o gosto permaneça. Cresça. Que ele reverbere, estique e vá ao céu: da boca,  do desejo e do olhar.
E se caso, cedo ou tarde me cansar, que eu não desista.

Que a poesia resista. 
Que o sonho me embriague.
Que a razão cochile e acorde sonolenta.

Porque estou voltando. 
Porque ainda é cedo.
Porque amanheceu. 
Porque nunca é tarde demais para ser feliz, hoje. Só hoje. 
O amanhã? 
Ele sequer existe, porquê então, persiste?