sábado, 18 de abril de 2009

Teu caminhar em mim


Marc Chagall, The Juggler, 1943



Sinceramente, não entendo esse sincero ser, você.
De completude, poesia, querer.

Quero cantar-te!
Decifrar-te, moldar-me a ti,
De uma forma que não perca a minha forma.

Somente, quando assim conseguir estar,
Perceberei teu caminhar em mim.

Com passos lentos, rápidos, fortes,
Com tantas pernas longas, curtas,
Com beijos catárticos, fruindo em minha direção,

No mais profundo intergaláctico universo de dimensão.

É que direi o porque,
Os por quês de sua aparição.
Distinguirei o certo do errado,
O completo do incompleto,
O mínimo e o máximo.

De tudo o que podemos ser,
De tudo que queremos ser,
De tudo que compartilharemos.

Pra sempre?
Pra hoje?
Por ora?
Agora?
Ontem, amanha?

E canto pra entender, pra perceber,

Tudo o que podemos ser,
Tudo que queremos ser,
Tudo que compartilharemos.

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Única


Marc Chagall

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Não venha me reduzir a meros trapos.


Sei que sou um enorme véu esvoaçante a rodar nos bailes da vida!


Não venha diminuir meus sonhos.


Eles tem a força e o tamanho de montanhas sólidas que abrigam o sol!


Não venha me reduzir a conceitos pré estabelecidos.


Sou antagonista e protagonista de mim mesma!


Não venha me julgar.


Não sou o que pensa, nem sou o que penso, ninguém sabe e ninguém saberá!



Sou feita de trapos e véu


Sou feita de sonhos e pó


Sou feita de beijos e cuspe


Sou feita de risos e grunhidos


Sou feita de matéria inigualável


Nem melhor nem pior


Apenas eu mesma e única!


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Salve!


Marc Chagall- "The Blue Circus (Le Cirque bleu)" - 1950

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Quero meu sorriso de novo.
Quero meus olhos marejados novamente ao sentir sua força quando piso no seu chão.
Quero a lua branca esbanjando sua luz em cima de mim na beira da ribalta.
Quero o som inconfundível das mãos se tocando em rapidez entusiástica.
Quero penetrar em uma alma que está presa dentro de um livro ou numa esquina qualquer, e desvendar seus grilhões.
Quero soltar o grito emudecido que habita dentro de mim.
Quero os sonhos de volta da menininha que não conhecia as pequenezas humanas, inclusive as minhas.
Quero sentir que estou indo além das minhas maiores limitações.
Quero poder voltar a ser eu mesma sem medo de julgamentos.

Quero voltar a gritar: MERDA!
Quero poder sonhar os sonhos alheios, sentir dores e alegrias alheias, penetrar almas alheias e assim chegar mais próxima da minha.
Quero te ter de novo... Você está tão enraizado dentro de mim!
Tento me afastar, tento fugir, tento esquecer, mas a sua força me persegue, me consome, me explode por dentro, me suga pra perto sempre!
Ninguém neste mundo é capaz de mudar as coisas mais imutáveis que existem.
E a imutabilidade deste meu amor, deste meu destino, desta força que me leva a você não tem explicação.
Por isso rendo-me novamente ao seus encantos!
Encanto maior que qualquer julgamento, crítica e rejeição.
No momento certo, lá estarei eu aos seus pés de novo!
Salve! Salve Teatro!

dez/2007
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domingo, 12 de abril de 2009

♪ Alquimia ♪



Marc Chagall- The blue lovers- 1914



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Reconheço essa alquimia,
Transpareço o conjugar de tantos verbos em sintonia.

Meço a dimensão do horizonte em comunhão.
A transcender, o simples querer.

O poder de fazer acontecer está na minha, sua mão,
E contemplarmos, aurora boreal.

Transmite, transmuta, um pouco mais,
Dessa imensidão de tanta, tanta paz!

Transmite, transmuta, um pouco mais,
Dessa imensidão de tanta, tanta paz!
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Mergulho infinito


Marc Chagall- Acrobat
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Mergulhando em novas fases, faces, santidades, insanidades...
Mergulhando num novo eu, novas matizes, cores, nuances, texturas...
Mergulhando em novos conceitos, estudos, direitos, defeitos...
Mergulhando...
Um infinito vagar em busca de novos sentidos....
Um infinito sentir desses sentidos!
Um infinito mergulhar na alma, a fim de redescobrir sentidos verdadeiros de luz.
Um infinito mergulhar.
Intenso, revigorante e doloroso.
Em travessia...
Ser a mesma, viver do mesmo, viver do certo, tira-me o encanto de lutar pela vida e redescobrir esse mar  imenso e perfeito desnudar  meus olhos.
Sou feliz, tenho uma imensidão a descobrir! Morrerei ainda nesta busca, afinal, o mundo é inesgotável.
Portanto: se tem temperatura, tutano, curiosidade, experimentos, vivacidade, jovialidade, despreendimento, alegria e principalmente amor, amor universal, venha sempre preencher-me de luz.
Se és morno, nem frio nem quente, te vomitarei da minha boca.
Se for quente, venha assim, assado, assando, queimando, cozinhando em banho maria, em fogo baixo, esquentando, cozinhando pelas beiradas até consumir-me absolutamente.
Minha travessia tem rumo indefinido mas apenas uma coisa certa: compromisso com a verdade. Buscando sentidos, sentindo sentidos! IN LAKES’H`♥•.¸¸.•♥.•♥´¨`♥•.¸¸.•♥´¨`♥•.¸¸.•♥´¨`♥•..•♥´¨