terça-feira, 8 de junho de 2010

Coração carmim

Nicoletta Ceccoli
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Coração carmim

Navegando no medo,

De uma espera sem fim.

Conto meu segredo,

Ou escondo o rosto?

 (Me dê a última gota do seu gosto...)

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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Transbordar


Karen Gillis Taylor
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Queria te expressar...

Mas como definir o indecifrável?
Como falar do céu, tão infinitamente majestoso sob minha cabeça?
Como não sentir o teu azul?

Quando descobri que o medo, vai além do medo alheio e mora nas minhas entranhas, o céu coloriu suas nuvens e sorriu chuva nos meus olhos.

Na ponta da lágrima que  pousou em meus dedos, após enxugar tristezas, luzes piscavam fluorescentes e felizes. Sopraram em meu coração a mensagem, que a PAZ só vem depois do encontro com a VERDADE.

E ali, a verdade tão refutada; se impondo feroz e mansa frente às minhas ilusões.

Como exigir do outro que se abra para o sol, se EU vivo a caminhar na sombra?

Uma voz me sussurrou o segredo da felicidade: "Deixe FLUIR, por todos os poros, o AMOR..."

Não vou mais represar o que inunda meu coração.
Vou transbordar!
Sem me importar, com o que será.
Sem esperar que algo aconteça.
Só sentir, e deixar meu melhor fluir.

E como diz Oswaldo Montenegro: "Que a minha loucura seja perdoada, pois metade de mim é amor, e a outra metade também".

Amém!

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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Rascunhos



Van Gogh- Noite de Outono
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Rascunhos e rabiscos de sonhos  infinitos.

Vivo rascunhando os amores; pinto as dores com cores alegres para minimizar o desenho preto e branco do nunca e o talvez.

Faço uma borda de flores, enfeito com carinho e torço para algo se aquietar no ninho.

Desenho corações e escrevo letras de canções, só pra ver se os anjos do céu se encantam e se convencem de dizer amém às minhas orações.

Tantas folhas rascunhadas; tanto não vivido, apenas imaginado.

Vivo rascunhando desejos; meus mais nobres intentos de infância.

Uma menina no sertão que sonhava em encantar palavras, em encantar a voz, em encantar a fantasia com o único intuito de encher a vida de mais alegria.

Sonhos sublimes e simples. Hoje rascunhados.

Sou desenhista perdida em pensamentos, vagando no horizonte dos meus medos.

Diante de tantos rascunhos, prometi à mim que no mês de junho, no decorrer das horas dançarinas e saltitantes, eu saltaria no tempo e dançaria com meus sonhos até o fim da canção.

Me pinto de carmim;  sigo manchando de pisadas essa estrada, empunhando espada dourada da fé.

Levo comigo apenas o vazio.

O tempo da solidão que me reconstrói, que regenera e prepara a terra da vida pra germinar.

O vazio é o pressuposto para transbordar.

Que transbordemos por todos os cantos das frestas que abrimos dos nossos desejos.

Que jamais  deixemos cair no esquecimento, no véu escuro do monturo dos medos, os desenhos coloridos de projeções da nossa essência mais perfumada.

Que sejamos sempre alma, para que jamais o brilho dos nossos olhos se apague.

E que brilhemos em realizações, a cada juramento ao firmamento estrelado.

Sussurrarei em seu ouvido, apontando o céu com dedo risonho:

-Vê? Aquela ali brilhando, é a nossa estrela. A estrela do nosso sonho.

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Inspirado na música 'Love Actually' de Craig Armstrong.
Link para ouvir ao ler: http://bit.ly/7YQCz8

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Grito de perdão

Cathy Wysocki
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Eu vi seus olhos cor de mar, marejarem em um navio solitário ao relento, no simples citar de uma terra distante e perdida...

Quanto tormento em vão, burro coração!

Nesse momento, me lembrei do meu antigo intento.
Ri baixinho por dentro.  Que idiota a pretensão de ousar modificar um destino.
 
Me perdoa, por tamanha aberração?
Me perdoa, por ser intensamente coração?
Me perdoa, por sentir o céu da minha boca, ardendo de desejo como sol do meio -dia?
Me perdoa, por só querer viajar em melodia de sua canção?
 
Só o que desejo, é...

Um  horizonte de afeto-reflexo espelhando o melhor de nós em arte.
 
Um livro cheio de reticências, que até tarde da noite virá nos preencher de interrogações. 

Que as orações que estão por vir, sejam doces como as últimas palavras que escrevo agora.
 
Agora. Sem demora...
 
Seja só coração, em toda a canção. Nunca mais, só refrão.
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Escrito em alguma noite perdida de maio, quando a vida me olhava de soslaio...