Salvador Dali
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Quando as palavras já não expressam.
E qualquer pronunciamento parece oco e sem sentido.
Quando o infinito descaminho parece ser o que lhe resta.
E qualquer lágrima já não atesta tristezas...
Silêncio.
Não qualquer silêncio. Nem o vazio inexistente de pensamento.
O silêncio eloquente.
Aquele que tudo fala, tudo sente, tudo deseja.
O silêncio profundo, quase como uma prece.
E a pressa? E a razão? E o sonho? E o coração?
Nestes dias estranhos, apenas me calo.
Reparo na gota de orvalho que pousa na rosa.
Quanta beleza e tristeza!
Assim que os primeiros raios de sol despontam, evapora o orvalho amanhecido em esperanças de sobrevida.
As palavras d´alma também evaporam para um novo mundo desconhecido. Onde será que renascerão?
Lá, espero sorrir.
E dizer:
-Estou feliz de estar aqui.
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