sábado, 16 de maio de 2009

Vôo incrédulo


Marc Chagall- Der Spaziergang- 1917

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Fecho os olhos.
Sinto seu sorriso dentro.
Sorriso que se transforma em beijo.
Beijo catártico.

Abro os olhos.
Vejo flechas multicoloridas de sua íris.
Tantos luzes me penetrando.
Me iluminando.

Fecho os olhos.
Ouço sua voz ao pé do meu ouvido.
Soprando palavras reveladoras.
Resignificando.

Abro os olhos.
Vejo sua mão passeando pela minha pele.
Ouriçando poros, pêlos, anseios.
Alimentando meus desejos.

Fecho os olhos.
Abro os olhos.
Fecho os olhos.
Abro os olhos.

Pisco incrédula!

Se permanecem abertos,
Meus olhos não captam.
Se permanecem fechados,
Meus olhos não captam.

A solução, seria arrancá-los!
Cega, enxergaria com o coração.
E ele me diria:
Sua boba, tire os pés do chão!
Voe!

Eu, que não tinha asas, vôo.

A vida é mais bonita aqui de cima...


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