sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Toc, toc, toc...Alguém aí?!

Marc Chagall




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Toc toc toc...Era alguém batendo na porta do meu coração. E eu simplesmente me recusava a atender.Toc, Toc, TOC, TOC, TOC... O danado insiste, mas que danado de chato esse rapaz!
Não quero, não quero, não queroooo!
Não vou atender!
Prometi a mim mesma, que dessa vez não ia atender a pedidos de moratória. Eles chegam, se instalam folgadamente, preenchem os espaços, criam laços, enfeitam, acariciam, fazem promessas belas de contratos estáveis e depois partem, sem mais ou menos, com desculpas de: “Desculpe, morei, dormi, comi, mas este lugar não era bem aquilo que estava procurando. Procuro algo mais confortável, seguro, luxuoso, na moda”. Ou então algo que fira menos minha auto estima, como: “ Oi, então...Eu queria dizer, que...Seu coração é maravilhoso, espetacular, mas desculpe, é muita areia pro meu caminhão. Não agüento tanto, não mereço tanto.”
Ou, algo mais vago: Sabe o que é !? Sei lá...Acho que...Hã! Eu gosto daqui, me vejo morando a vida inteira, mas corro riscos e...prefiro não arriscar!
E há aqueles casos de traição. Puts, essas doem mais do que qualquer outra.
Tsc, tsc, tsc...Seja de que forma seja, depois eu fico lá, perdida naquela imensidão, naquele abismo, sentindo falta de todos os espaços preenchidos, lutando ferozmente contra o silencio, as dúvidas, a incompreensão.
Ok. Chega de momento dramático. Sejamos realistas. O fato é que estou de saco cheio de ser porta moscas. Elas chegam fazendo aquele Zzzzzzzzzz barulhentíssimo. Ficam com as patinhas enroscando uma na outra em cima da comida, alimentando-se o quanto podem. Depois voam buscando novos vôos mais interessantes. Fora quando não encontramos aquelas moscas varejeiras gigantes! Aquelas que vivem na bosta! Ah, gente, perdão pela palavra, mas não existe melhor termo pra definí-las.
Enfim...
Não querooooooo!
de saco cheio!
fechada pra balanço!
E antes que achem que há mulheres demais falando sobre o mesmo assunto, há artigos demais, reportagem em revistas femininas, livros de auto-ajuda, filmes, novelas e pecas de teatro, eu digo e repito: vale a pena me ouvir. Ou ler...Como preferirem. Eu falarei de algo diferente.
Falarei da minha vida maravilhosa sem homens. Sem amores, sem romance, sem sexo...Ops...sexo não. Isso não tem como! Com menos sexo, quero dizer!
E provarei, PROVAREI, que é muito possível viver sem eles. Que é melhor viver sem eles. Que temos que formar uma geração de fêmeas autônomas sem aqueles eufemismos idiotas de sonhar em se casar, de ter filhos, de viver para o lar!
Abaixo a escravidão!
Androfóbica eu?! Não. Feminista eu!? Não. Quem dera. Apenas uma mulher revoltada e cansada de viver esperando um amor cair do céu. Um grande amor, como aqueles do conto de fada que eu sempre ouvi mamãe contar.
Era uma vez...Uma bela princesa!
E no final...viveram felizes para sempre!
Arghhhhhhhhh!
Mentira!
MENTIRA!
Mentira.
Tudo é culpa dos contos de fada gente!
Tudo!
O sapo que vira príncipe! Hahahahaha!
Aonde?!
Aonde na vida real de meu Deus, um sapo, ou seja, um homem feio, fedido, estranho, babaca, vira um príncipe lindo, perfumado, esbelto e perfeito!?
Jamais!
Um homem babaca é sempre um homem babaca. E considerando que homens pensam sempre com a cabeça de baixo, todos são babacas!
Affe! Eu só não digo que odeio homens, porque não tenho a mínima vocação de ser lésbica. Se não, já tinha entrado pra turma das marias chuteiras.

Vocês devem estar pensando:

-Coitadinha...Está tão traumatizada!

Não tenham pena de mim! Não admito, entenderam?!
Muito diferente. Não escolho me relacionar, porque não quero.
Vocês não ouviram o rapaz bater na porta!? EU não quis atender!
Euuuuuu! Euuuuu!!! (Bate no peito)
E vai ser assim por um bom tempo. Apenas quando eu decidir o contrário. Sou dona dos meus sentimentos, pensamentos, decisões.
Provarei a mim e a todos que podemos viver felizes sim. Que podemos ser solteironas pro resto da vida e sermos realizadas.

Como diz a música da Stopa, uma cantora não muito conhecida, mas que gosto bastante: “Velho estranho empenho tenho...Novo prático coração!

Que este novo coração a partir de hoje seja mais racional em suas escolhas e atitudes.
Eis que surge uma nova mulher!



Uma mulher pode ser feliz mesmo sem ter a tampa da sua panela. Que tem consciência que nasceu uma frigideira! Mas claro, não odeia o amor e nem sentimentalismos. Apenas não quer mais dedicar-se a isso.

Será?

Será?




Será?




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