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Um poço fundo à procura do sorriso infinito mergulhado em água cristalina e calma.
Estava seca, agora transbordo por todo canto e canto uma melodia de esperança junto com o ar que sai de meus pulmões.
Venha beber desta água. Se banhe em meu leito de amor.
A chuva aniquilou a ressequidão, a desilusão.
Terra molhada, úmida em esperanças de novos caminhos que se abrem.
Os espinhos se encolhem dando lugar às flores, o verde se renova em matizes tão diversos e a poesia se escuta no sibilar dos pássaros.
No meu caminho, nada me demoverá de me encontrar ao final. De encontrar em mim o sorriso infinito, que jamais se encolhe.
Apenas recolhe em seu caminhar, outros abrires de bocas em contentamento.
É a paz que cintila em meus olhos. Uma alegria renovadora.
Sigo a luz. A luz que meu próprio coração como um enorme farol, ilumina a passagem.
Foi a paisagem revivida por minhas íris que me impulsionou. Suguei a força contida naquelas cores vibrantes e senti passar por minhas raízes todo o alimento que necessitava.
Estava tão desgastada!
Agora sinto-me plena.
Eu, tão multiplamente complexa, inversa e cética, torno a acreditar.
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