terça-feira, 18 de maio de 2010

Só desejo

Marlene Dumas
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É só.

Desejo.

É só desejo.

E não é desejo do beijo que antecede o idílio do amor.

Nem dos sussurros carinhosos de eternidade.

O que me arde é carne.

É gemido molhado.

É corpo revirado na relva da madrugada.

É suor.

É gozo.

Deste baú de irrealidades, de tão remexido e escarafunchado, perdeu-se objeto precioso.

Só o desejo não se perdeu.

Desejo...

É desejo.

Só desejo.

Só.

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2 comentários:

  1. ...desejo! só desejo!
    desejo ainda vê-la cantando como um anjo que você parece ser
    um anjo que veio do céu límpido, esculpida em forma de mulher...
    ...desejo! só desejo!
    do olhar cativante, do caminhar provocante, do doce...beijo...
    doce beijo que deve ser...
    ... apaixonante!
    só desejo! desejo!

    obrigado pelas belas leituras que só você consegue promover!
    beijos carinhosos!

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  2. Belíssimo poema...a simplicidade é a roupa que veste os mais belos versos... (e, afinal, seria covardia não seguir alguém que gosta de Merleau-Ponty...) abraços!

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